O livro da Diplomata, Cláudia Assaf, é um dos relatos biográficos mais inacreditáveis que já li. Nele, mesclam-se sons motivacionais e racionais, com um único fim: autodescobrir-se. Antes que o Cacdista se assuste, o livro apresenta a missão dita pela autora "Passar no CACD". Porém isso não é o suficiente para descrever o excelente trabalho da Diplomata.
A vida da Diplomata não girou em torno da missão acima. Por isso, o livro irá ganhar aspectos ególatras, ao apresentar a vida da ex-cacdista, desde os primórdios até a vida profissional escolhida, por exemplo: passará por suas anedotas com sua Tia Carmélia, grande incentivadora da sobrinha, e que foi presenteada pelo presidente DUTRA com um relógio de ouro!; por sua formação em Matemática- sim, eu disse matemática!-, e seus estágios na área até a formatura; por sua conquista de emprego na IBM, pós-formada; por sua opção "pelo coração", ao largar o emprego - de boas perspectivas - para estudar árabe na Síria; por conseguir um trabalho de comissária de bordo na empresa árabe Gulf Air-momento que conhecerá o mundo, e a varinha do CACD começará a roçar em seus pensamentos-; por sua decisão em prestar o CACD definitivamente, largando novamente um emprego estável. Entretanto, esses fatos não esgotam a vida da autora, que ainda tem muitos detalhes no desenrolar do livro. Deixo mais dois fatos que dão um adjetivo hercúleo para o seu sucesso, e reafirmam ao meu ver, o caráter de autodescoberta do livro, antes que apenas mais um manual para passar no CACD.
O Primeiro, deu-se em 1996 quando, conheceu o embaixador de Abu Dhabi numa de suas muitas idas as embaixadas para "recuperar" a saudade do Brasil. Ao conversar com o mesmo, ela ficou sabendo da carreira diplomática e do processo seletivo. Ingenuamente, perguntou ao embaixador se passaria, ao passo que este, elegante, diz: - O primeiro CACD serve para você ganhar experiência, para os próximos certames (mais ou menos isso). Mesmo com as palavras pragmáticas, ela achava que iria passar, afinal, sempre passou em tudo que se propôs na vida. Porém, quando leu a prova, apareceu o choque, o medo, o torpor. Não sabia nada, talvez apenas ler a prova. O primeiro contato com o CACD foi traumático. Segundo, o ano de admissão na carreira diplomática, foi exatamente 10 anos após o primeiro CACD, em 2006. Após enfrentar o CACD de 2003, 2004 e 2005, a candidata cacdista passou por uma verdadeira cruzada no ano posterior. Ela estava grávida! Era hora de focar na prole, e esquecer o sonho, pelo menos de momento. Mas com requinte de crueldade, e com roteiro de filme, ela resolve se inscrever na prova, após convencimento do cônjuge, "apenas para treinar". Ela passa no TPS. Um tanto surpresa, já que fez sem a pressão psicológica de outrora, decide fazer uma super revisão do que estudou nos anos anteriores, para a segunda e terceira fases. Bingo! Ela passou...e grávida, por volta de 24 semanas. Portanto, observando os dois fatos acima, percebe-se a falta de maturidade na primeira situação, e o contrário na segunda. Em geral, nota-se que a "primeira" Cláudia é fantasista, enquanto a segunda sonhadora- pragmática. Verifica-se também, que ser Diplomata não foi uma construção de criança ou qualquer coisa nesse sentido, mas sim um sem fim de detalhes que foram se agregando ao longo da vida da autora. Ou vocês acham que ter conhecido o mundo, como comissária, não ajudou? ou passar pelo trauma do primeiro CACD, foi aleatório?
Por fim, aos cacdistas e não cacdistas, o livro é leitura obrigatória, desde que você tenha uma característica: ter um sonho, viver para ele e querer conquista-lo. Aqui, não procurei abordar tudo que o assunto trata, ao contrário, deixei justamente os detalhes para vocês, principalmente aqueles que se referem à preparação ao CACD. Não por maldade, mas porque acredito que o livro não se resumi apenas isso. O livro, em suma, é uma autodescoberta. Mas sim, meus caros, é um diário de bordo para um Cacdista...
A vida da Diplomata não girou em torno da missão acima. Por isso, o livro irá ganhar aspectos ególatras, ao apresentar a vida da ex-cacdista, desde os primórdios até a vida profissional escolhida, por exemplo: passará por suas anedotas com sua Tia Carmélia, grande incentivadora da sobrinha, e que foi presenteada pelo presidente DUTRA com um relógio de ouro!; por sua formação em Matemática- sim, eu disse matemática!-, e seus estágios na área até a formatura; por sua conquista de emprego na IBM, pós-formada; por sua opção "pelo coração", ao largar o emprego - de boas perspectivas - para estudar árabe na Síria; por conseguir um trabalho de comissária de bordo na empresa árabe Gulf Air-momento que conhecerá o mundo, e a varinha do CACD começará a roçar em seus pensamentos-; por sua decisão em prestar o CACD definitivamente, largando novamente um emprego estável. Entretanto, esses fatos não esgotam a vida da autora, que ainda tem muitos detalhes no desenrolar do livro. Deixo mais dois fatos que dão um adjetivo hercúleo para o seu sucesso, e reafirmam ao meu ver, o caráter de autodescoberta do livro, antes que apenas mais um manual para passar no CACD.
O Primeiro, deu-se em 1996 quando, conheceu o embaixador de Abu Dhabi numa de suas muitas idas as embaixadas para "recuperar" a saudade do Brasil. Ao conversar com o mesmo, ela ficou sabendo da carreira diplomática e do processo seletivo. Ingenuamente, perguntou ao embaixador se passaria, ao passo que este, elegante, diz: - O primeiro CACD serve para você ganhar experiência, para os próximos certames (mais ou menos isso). Mesmo com as palavras pragmáticas, ela achava que iria passar, afinal, sempre passou em tudo que se propôs na vida. Porém, quando leu a prova, apareceu o choque, o medo, o torpor. Não sabia nada, talvez apenas ler a prova. O primeiro contato com o CACD foi traumático. Segundo, o ano de admissão na carreira diplomática, foi exatamente 10 anos após o primeiro CACD, em 2006. Após enfrentar o CACD de 2003, 2004 e 2005, a candidata cacdista passou por uma verdadeira cruzada no ano posterior. Ela estava grávida! Era hora de focar na prole, e esquecer o sonho, pelo menos de momento. Mas com requinte de crueldade, e com roteiro de filme, ela resolve se inscrever na prova, após convencimento do cônjuge, "apenas para treinar". Ela passa no TPS. Um tanto surpresa, já que fez sem a pressão psicológica de outrora, decide fazer uma super revisão do que estudou nos anos anteriores, para a segunda e terceira fases. Bingo! Ela passou...e grávida, por volta de 24 semanas. Portanto, observando os dois fatos acima, percebe-se a falta de maturidade na primeira situação, e o contrário na segunda. Em geral, nota-se que a "primeira" Cláudia é fantasista, enquanto a segunda sonhadora- pragmática. Verifica-se também, que ser Diplomata não foi uma construção de criança ou qualquer coisa nesse sentido, mas sim um sem fim de detalhes que foram se agregando ao longo da vida da autora. Ou vocês acham que ter conhecido o mundo, como comissária, não ajudou? ou passar pelo trauma do primeiro CACD, foi aleatório?
Por fim, aos cacdistas e não cacdistas, o livro é leitura obrigatória, desde que você tenha uma característica: ter um sonho, viver para ele e querer conquista-lo. Aqui, não procurei abordar tudo que o assunto trata, ao contrário, deixei justamente os detalhes para vocês, principalmente aqueles que se referem à preparação ao CACD. Não por maldade, mas porque acredito que o livro não se resumi apenas isso. O livro, em suma, é uma autodescoberta. Mas sim, meus caros, é um diário de bordo para um Cacdista...