O pré-candidato a presidência da República, Aécio Neves, esteve no programa Rodada Vida (TV-Cultura) no dia 02 de junho no ano corrente. Ainda que sem diretrizes oficiais sobre o seu projeto de governo, ele já deu sinais do que pretende fazer em relação a Política Externa Brasileira. Abaixo (Entre 0:00- 3:20 do vídeo acima), o candidato do PSDB falou sobre suas perspectivas:
Entrevistador: Como é que será a Política Externa do seu governo, se o senhor se eleger presidente, sobretudo como é que o senhor vai tratar o MERCOSUL, e como serão as relações com países favorecidos pela Política Externa de hoje, como Venezuela, etc. Como será isso?
Aécio Neves: "A verdade, Augusto, é que o governo do PT nos levou a um alinhamento ideológico, anacrônico, e que beneficio algum tem trazido ao Brasil. Parte desse crescimento pífio da economia brasileira, é porque nós não avançamos em parcerias com outras partes do mundo. O Brasil nos 13 anos de PT, firmou 3 acordos bilaterais, com Egito; com Palestina e; com Israel. Nós estávamos vendo, os nosso vizinhos da Aliança do Pacífico avançando e indo embora, Chile, Peru, Colômbia e México selando acordos com várias regiões do mundo. Nós estamos prestes, Augusto, a ser finalizado um acordo, um acordo chamado Transatlântico, entre EUA e União europeia, que obviamente limitará ainda mais os mercados para produtos brasileiros. Nós temos que flexibilizar as amarras do Mercosul, fugir desse alinhamento ideológico e buscar parcerias com o mundo desenvolvido. E sem, obviamente, deixar de manter as relações que já temos hoje, mas que permitam parcerias com empresas brasileiras que hoje estão fora das cadeias globais de produção. O Brasil já participou na década de 1980, algo em torno de 2.3% do conjunto do comércio internacional, hoje participa com 1,3%. Nós somos a 7ª maior economia do mundo, mas somos apenas o 23º maior exportador. Somos ainda uma economia relativamente fechada, portanto resgatar a tradicional Política Externa Brasileira buscando relações com outras regiões do mundo, avançando na negociação, que mais uma vez foi interrompida, com a União Europeia é essencial para nós recuperarmos com vigor determinados setores da economia brasileira. Você sabe, Augusto, que o Brasil hoje tem na participação do seu PIB, a indústria com 13%, exatamente o que nós tínhamos há 60 anos atrás, quando outro mineiro, Juscelino Kubistchek, era presidente da República. Então, temos que efetivamente uma política industrial e fugirmos das amarras do anacronismo, do atraso, que hoje nos une a países que, inclusive, tem demostrado muito pouco apreço a Democracia, é essencial para o Brasil retomar o desenvolvimento em bases sustentáveis."
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