Mário Gibson Barboza |
Nos anos de 1970, o mundo passava por várias transformações. A descolonização dos países asiáticos e africanos fizeram com que o país repensasse sua inserção Internacional. Se internamente, o país aumentava a repressão aos grupos políticos de esquerda, para fora começava uma "correção de rumos" que visava diversificar as parcerias brasileiras no exterior. O Chanceler, Mário Gibson Barboza, assumiu o Itamaraty com a missão de pensar o mundo de forma pragmática e menos dependente dos EUA entre os anos de 1969-1974. A "diplomacia do interesse nacional" se apresentou no conjuntos de diretrizes a seguir:
"‑ correção de rumo em nossas relações com os Estados Unidos, para colocá‑las em bases mais compatíveis com a realidade e na conformidade dos nossos interesses, o que nos permitiria, então, identificar e expandir essas relações em bases mais sólidas e permanentes;
‑relacionamento o mais estreito possível com os países em desenvolvimento, com atenção prioritária para a nossa natural esfera de ação que é a América Latina, e abrindo nesta uma nova fronteira, a América Central, até então nunca sequer visitada por um Ministro das Relações Exteriores do Brasil;
‑intensificação de nossas relações, em todos os planos, mas nesse caso predominantemente nos campos financeiro e comercial, com os países altamente desenvolvidos, não só individual, mas também coletivamente, como no caso do Mercado Comum Europeu;
‑abertura de uma nova fronteira em nossa política externa, a africana, sobretudo a da África subsaariana e ocidental;
‑eliminação da hipoteca do colonialismo português, preservando, ao mesmo tempo, os vínculos especiais e íntimos que sempre nos uniram a Portugal;
‑intensificação das nossas relações ao mesmo tempo com Israel e os países árabes, em termos de equilíbrio e equidistância. (FUNAG, 2020, p. 281-282)"
Referência Bibliográfica
FUNAG. Na diplomacia o traço todo da vida / Mario Gibson Barboza - 4. ed. rev. - Brasília: FUNAG, 2020.
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