domingo, 20 de abril de 2014

Feliz Dia do Diplomata, Rio Branco!


 

Hoje, dia 20, comemora-se oficialmente o Dia do Diplomata. A data, por vezes negligenciada, refere-se ao dia de nascimento (20/04/1845) do patrono da Diplomacia brasileira, José Maria Paranhos Jr, ou simplesmente, Barão do Rio Branco (afetuosamente, Juca). Mas porquê a escolha desse nome para uma data dessas?
Dentre outros significados, Rio Branco foi o Chanceler com mais tempo no cargo, entre 1902-1912, com obras maestras, tais como:

 

Charge do Jornal do Brasil, 22/02/1904: O povo carrega o Barão após o Tratado de Petrópolis.


a) 1903: Tratado de Petrópolis, contencioso com a Bolívia, pelo Acre

b) 1904: Tratados com o Equador

c) 1904 e 1909: Peru, primeiro de forma provisória, depois definitiva.

d) 1904: laudo-arbitral com a Grã-Bretanha-Guiana Inglesa

e) 1905: Protocolo com a Venezuela

f) 1906: Acordo com os Países Baixos-Suriname

g) 1907: Colômbia

h) 1909: Tratado retificatório com o Uruguai


Além desses tratados territoriais, que consagram e definem a extensão territorial do país, Juca foi capaz de analisar/modificar o eixo assimétrico  da Política Externa (como diz Rubens Ricupero), no qual uma "aliança não escrita" com os EUA reconduziu as prioridades da agenda brasileira, após anos de relações hegemônicas com os ingleses. Uma visão aguçada de Política Internacional, dado a expansão dos americanos desde fins do XIX, tanto no Mundo, quanto em particular na Balança comercial brasileira (tornam-se os principais compradores de café). Ademais, o Barão consagrou princípios da PEB, bem atuais,  como um Brasil pacífico, amante do Direito e da Moderação; consagrou também, o soft power e o hard power, o primeiro quando deu importância ao conhecimento dos mapas, do território, da tecnologia em voga, etc; o segundo, quando analisou e reclamou, continuamente, a reformulação das Forças Armadas. (O que 100 depois, Celson Amorim* , como atual Ministro de Defesa, defenderia: uma Política Externa ativa e altiva, dever ser  complementada pelas Forças Armadas, forte e reforçada)

* O Segundo maior Chanceler  em tempo no cargo, ocupou no período 1993-1994 (período Itamar Franco), e depois, 2003-2010 (Período Lula);

Para mais informações:




Francisco Doratioto comenta o centenário da morte do Barão, em 2012. Reprodução: MRE-Youtube




Embaixador Manuel Gomes Pereira, comenta sobre o centenário do Juca, em 2012. Reprodução: MRE-Youtube


 

Antônio Patriota, ex-Chanceler, fala sobre o José Maria Paranhos Jr. Reprodução: MRE- Youtube.

Pensamento Diplomático Brasileiro. Brasília: 2013, Funag. (Recomendo esse livro! Aborda todo o princípio da PEB até meados dos anos de 1970; perpassa a História do Brasil, levemente a Mundial. Proximamente analisarei o livro no blog)

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