O Edital CACD-14 veio com uma novidade para a prova de Francês, como sublinhou, o amigo e companheiro de Grupo de Estudos Leonardo Teixeira, a prova passou para 3ª fase com um novo sistemas de pontos, e ademais deu ênfase em "(...) questões de cultura francófona (...)".
A partir disso, proponho algumas reflexões sobre a relação franco-brasileira apresentado 3 visões sobre isso: o contexto histórico geral; a relação Sino-francesa na Guerra Fria e por fim, a visita mais recente do Chanceler, Alberto Figueiredo, ao país da Revolução.
Primeiro, no edital de Política Internacional, tem-se sublinhado, "7. A Política externa francesa e relações com Brasil", a partir disso proponho um pequeno fichamento que vem do blog parceiro de Patrícia Galves Derolle.
1) Relações Brasil-França, numa perspectiva histórico
-> A partir de 1990, houve um esforço para ativar as relações entre os dois
->1996, houve uma série de visitas e contatos de alto nível e importantes tentativas de incentivo a investimentos no Brasil
>>Indústria e serviços foram os mais beneficiados no país
-> Campo comercial as relações não avançaram. A PAC, que a França defende, travou as negociações porque é obstáculo para as exportações brasileiras.
-> Embaixador, Marcos Azambuja: França é o maior capital político do Brasil na Europa, que ecoa os pleitos brasileiros no cenário internacional.
Dados e estatísticas
Cooperação em áreas sensíveis
-> Desenvolvimento binacional de submarinos (convencionais e nuclerares)
-> Caças
Relações econômicas
->Renault
-> PSA (indústria automotiva francesa que constrói as duas linhas a seguir): Citroen e Peugeot
-> Casino
Transportes
->Alstorm: grupo industrial francês que atua na área de infraestrutura de energia e transporte: a)indústria de materiais ferroviários e produção de energia
Posições comuns
-> Programas de combate à pobreza
>>Taxa Toben: criação de taxa de transações comerciais, cuja arrecadação seria dedicada ao combate à pobreza e à malária
Cultura:
>>>Mais bolsistas universitários para a França (1 a cada 4 estudantes, da CAPES)
>>> Ano do Brasil na França (2005) e da França no Brasil (2009)
Comércio: 10 bilhões de dólares
2)O Comercial da Guerra Fria sem tradução francesa
Com a apresentação geral das relações bilaterais, aparece algo que me chamou atenção para a prova da 3ª fase: como sanar a questão da cultura francesa? O Canal do Ministère des Affaires Étrangères apresenta uma sessão sobre cultura, onde a instituição, como voz do Estado francês no exterior, tem a bagagem necessária para dialogar sobre a cultura do país. Lembrando que não é a única voz, mas para uma prova formal que envolve um cargo com interesse direto entre Estados, parece ser a mais legítima.
Hobsbawn diz que a Guerra Fria foi um movimento desde os EUA, que soube divulgar e criar uma "cultura" da bipolaridade, porque não, do pânico perante a sociedade estadunidense. Segundo o historiador inglês, sem essa ação, provavelmente a Guerra Fria não teria existido, porque não haveria uma avaliação positiva da sociedade pública americana perante uma disputa com a URSS, já que quebrava a velha tradição diplomática isolacionista do país. Dito isto, é comum na historiografia tradicional a noção de que os aliados ocidentais americanos eram alinhados fiéis. Nada mais perigoso que a generalização: O Estado francês comemora em 2014, 50 anos do estabelecimento das relações diplomáticas com a China, sendo oficialmente o ano francês naquele país.
Em meados dos anos de 1960, a estratégia francesa para a política exterior, segundo De Gaulle, era ter uma visão independente do foco bipolar, pois a França como país da Revolução- da Liberdade, Igualdade e Fraternidade- deveria respeitar sua tradição e avaliar positivamente a Revolução Chinesa, Liderada por Mao Tzé-tung. Contraditoriamente a noção de alinhamento irrestrito, os franceses faziam um adiantamento nas estrátegias e alianças de poder do mundo bipolar. Enquanto os EUA ainda olhavam para o movimento de detenção, os galos estvam mais preocupados em afirmar posição próripa e autônoma. Dez anos depois, os EUA iriam estabelecer relações com o país vermelho, nos anos de 1970, na conhecida "Diplomacia do Ping-Pong", ou a reação estadunidense à Deténte. Por isso, assistam o vídeo e tenham cuidado com as generalizações, lembrem-se: A Guerra Fria era um "comercial" estadunidense como diria Hobsbawn, onde nem todo mundo estava disposto a ligar a tv, ou no caso francês, la télé.
3) Relações atuais
Para finalizar, semana passada tivemos a visita do Ministro, Alberto Figueiredo ao seu homólogo Laurent Fabius. Ali se discutiu algumas coisas, tais como:
a)projetos de cooperação bilateral, nas áreas de defesa, ciência, tecnologia, e inovação e educação.
b)temas de fluxos bilaterias de comércio e investimentos, e temas globais
c)comércio bilateral: 2013, 9,89 bilhões de dólares, com 3,39 bilhões em exportações e 6,50 bilhões em importação
c) França oitavo maior investidor no Brasil, com fluxo de 1,4 bilhões de dólares
d)investimentos: participação total no campo de Libra e a participação da GDF SUEZ na exploração de gás; construção do reator da usina de Angra 3 pela francesa Areva
-> A partir de 1990, houve um esforço para ativar as relações entre os dois
->1996, houve uma série de visitas e contatos de alto nível e importantes tentativas de incentivo a investimentos no Brasil
>>Indústria e serviços foram os mais beneficiados no país
-> Campo comercial as relações não avançaram. A PAC, que a França defende, travou as negociações porque é obstáculo para as exportações brasileiras.
-> Embaixador, Marcos Azambuja: França é o maior capital político do Brasil na Europa, que ecoa os pleitos brasileiros no cenário internacional.
Dados e estatísticas
Cooperação em áreas sensíveis
-> Desenvolvimento binacional de submarinos (convencionais e nuclerares)
-> Caças
Relações econômicas
->Renault
-> PSA (indústria automotiva francesa que constrói as duas linhas a seguir): Citroen e Peugeot
-> Casino
Transportes
->Alstorm: grupo industrial francês que atua na área de infraestrutura de energia e transporte: a)indústria de materiais ferroviários e produção de energia
Posições comuns
-> Programas de combate à pobreza
>>Taxa Toben: criação de taxa de transações comerciais, cuja arrecadação seria dedicada ao combate à pobreza e à malária
Cultura:
>>>Mais bolsistas universitários para a França (1 a cada 4 estudantes, da CAPES)
>>> Ano do Brasil na França (2005) e da França no Brasil (2009)
Comércio: 10 bilhões de dólares
2)O Comercial da Guerra Fria sem tradução francesa
Com a apresentação geral das relações bilaterais, aparece algo que me chamou atenção para a prova da 3ª fase: como sanar a questão da cultura francesa? O Canal do Ministère des Affaires Étrangères apresenta uma sessão sobre cultura, onde a instituição, como voz do Estado francês no exterior, tem a bagagem necessária para dialogar sobre a cultura do país. Lembrando que não é a única voz, mas para uma prova formal que envolve um cargo com interesse direto entre Estados, parece ser a mais legítima.
Hobsbawn diz que a Guerra Fria foi um movimento desde os EUA, que soube divulgar e criar uma "cultura" da bipolaridade, porque não, do pânico perante a sociedade estadunidense. Segundo o historiador inglês, sem essa ação, provavelmente a Guerra Fria não teria existido, porque não haveria uma avaliação positiva da sociedade pública americana perante uma disputa com a URSS, já que quebrava a velha tradição diplomática isolacionista do país. Dito isto, é comum na historiografia tradicional a noção de que os aliados ocidentais americanos eram alinhados fiéis. Nada mais perigoso que a generalização: O Estado francês comemora em 2014, 50 anos do estabelecimento das relações diplomáticas com a China, sendo oficialmente o ano francês naquele país.
Em meados dos anos de 1960, a estratégia francesa para a política exterior, segundo De Gaulle, era ter uma visão independente do foco bipolar, pois a França como país da Revolução- da Liberdade, Igualdade e Fraternidade- deveria respeitar sua tradição e avaliar positivamente a Revolução Chinesa, Liderada por Mao Tzé-tung. Contraditoriamente a noção de alinhamento irrestrito, os franceses faziam um adiantamento nas estrátegias e alianças de poder do mundo bipolar. Enquanto os EUA ainda olhavam para o movimento de detenção, os galos estvam mais preocupados em afirmar posição próripa e autônoma. Dez anos depois, os EUA iriam estabelecer relações com o país vermelho, nos anos de 1970, na conhecida "Diplomacia do Ping-Pong", ou a reação estadunidense à Deténte. Por isso, assistam o vídeo e tenham cuidado com as generalizações, lembrem-se: A Guerra Fria era um "comercial" estadunidense como diria Hobsbawn, onde nem todo mundo estava disposto a ligar a tv, ou no caso francês, la télé.
3) Relações atuais
Para finalizar, semana passada tivemos a visita do Ministro, Alberto Figueiredo ao seu homólogo Laurent Fabius. Ali se discutiu algumas coisas, tais como:
a)projetos de cooperação bilateral, nas áreas de defesa, ciência, tecnologia, e inovação e educação.
b)temas de fluxos bilaterias de comércio e investimentos, e temas globais
c)comércio bilateral: 2013, 9,89 bilhões de dólares, com 3,39 bilhões em exportações e 6,50 bilhões em importação
c) França oitavo maior investidor no Brasil, com fluxo de 1,4 bilhões de dólares
d)investimentos: participação total no campo de Libra e a participação da GDF SUEZ na exploração de gás; construção do reator da usina de Angra 3 pela francesa Areva
E aí, meu amigo? Como foi de TPS?
ResponderExcluirOi Leonardo, tudo bom? Bem, a prova foi complicada em inglês , economia e português (quantidade de textos excessiva, assim como inglês). Gostei de historia (s), geografia e política internacional. Mas de maneira geral, foi boa para ganhar experiência. E a tua, como foi?
ExcluirCara, Também achei uma correria de manhã! Gostei muito e PI. Não fui muito bem principalmente em História Mundial e em Economia. Mas, é assim mesmo! rsrs
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