sábado, 18 de julho de 2015

O Edital - Parte 2

A Segunda Fase

O edital do Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata (CACD) é item obrigatório no estudo do candidato. Faz-se necessário conhecer os seus pormenores em busca de um estudo produtivo, qualificado e otimizado. Nesta perspectiva, o blog tentará auxiliar nesse campo, fazendo uma leitura própria das informações colocadas no edital, dividindo-se a análise em 3 partes: a primeira fase (analisado aqui), a segunda fase e a terceira fase. Neste segundo texto, será analisado a segunda parte.
A segunda fase é caracterizado por uma prova subjetiva de Língua Portuguesa, de caráter classificatória e eliminatória,  composta por 3 questões no valor total de 100 pontos, com duração de 5h.  Dentre os tipos de questões específicas, pode-se citar:

- uma redação sobre tema geral, no valor de 60 pontos, com extensão de 600 a 650 palavras
- dois exercícios de interpretação, de análise ou comentários de textos, no valor de 20 pontos cada, com extensão de 120 a 150 palavras





Ao analisarmos o gráfico dado, faz-se uma ressalva em relação aos Exercícios, que são obrigatoriamente dois, mas o seu tipo (interpretação, análise ou comentário) pode variar ficando à escolha da banca de formulação da prova. Além disso, percebe-se a importância de fazer uma boa redação, já que o seu valor representa a nota mínima cobrada para passar à 3ª fase: 60,0 pontos. E se ampliarmos as perspectivas, pode-se afirmar que ao candidato será necessário, também, uma boa prova nos exercícios, se levarmos em consideração que a nota máxima em 2014 ficou em 89,21 pontos.  Portanto, para dar competitividade a sua nota, será necessário estar no intervalo entre a nota mínima e máxima, que só pode ser atingido com resultados positivos tanto na Redação, quanto nos Exercícios.
Ademais, o método de avaliação das questões são definidas de forma específica. Por exemplo, a redação da prova escrita de Língua Portuguesa será avaliada segundo os critérios a seguir:
1- A organização do texto e o desenvolvimento do tema valerão 30,00 pontos, sendo:
a) 10,00 pontos para apresentação/impressão geral do texto, legibilidade, estilo e coerência;
b) 10,00 pontos para capacidade de argumentação (objetividade, sistematização, pertinência das informações);
c)  10,00 pontos para capacidade de análise e reflexão.

2- A correção gramatical e a propriedade da linguagem valerão 30,00 pontos. 

Já em relação aos Exercícios,  Eles serão avaliados segundo os critérios a seguir:
a) 10,00 pontos para apresentação e desenvolvimento do tema;
b) 10,00 pontos para correção gramatical e a propriedade da linguagem.

Por fim, desde o ano de 2006, os assuntos cobrados na prova não sofreram modificações. Abaixo, pode-se verificá-los:
LÍNGUA PORTUGUESA (Primeira e Segunda Fases): 
1 Língua portuguesa: modalidade culta usada contemporaneamente no Brasil. 1.1 Sistema gráfico: ortografia, acentuação e pontuação; legibilidade. 1.2 Morfossintaxe. 1.3 Semântica. 1.4 Vocabulário. 2 Leitura e produção de textos. 2.1 Compreensão, interpretação e análise crítica de textos escritos em língua portuguesa. 2.2 Conhecimentos de linguística, literatura e estilística: funções da linguagem; níveis de linguagem; variação linguística; gêneros e estilos textuais; textos literários e não literários; denotação e conotação; figuras de linguagem; estrutura textual. 2.3 Redação de textos dissertativos dotados de fundamentação conceitual e factual, consistência argumentativa, progressão temática e referencial, coerência, objetividade, precisão, clareza, concisão, coesão textual e correção gramatical. 2.3.1 Defeitos de conteúdo: descontextualização, generalização, simplismo, obviedade, paráfrase, cópia, tautologia, contradição. 2.3.2 Vícios de linguagem e estilo: ruptura de registro linguístico, coloquialismo, barbarismo, anacronismo, rebuscamento, redundância e linguagem estereotipada.
Nesse sentido, como meio de preparação para a prova, recomenda-se dois tipos de estratégia: a utilização da bibliografia recomendada e do guia de estudos.
A primeira estratégia esteve no edital do concurso entre 2007 a 2010. Então, sugeria-se a leitura de expoentes da cultura brasileira como Machado de Assis, Joaquim Nabuco, Sérgio Buarque de Holanda, Darcy Ribeiro, Gilberto Freyre, Celso Furtado, Carlos Drumond de Andrade, Caio Prado Júnior, Graciliano Ramos, Antônio Candido.
A segunda estratégia é lançada todos os anos junto com edital do concurso. Segundo o objetivo apresentado no Guia de Estudos de 2014:
(...) visa orientar e auxiliar o candidato que pretende ingressar na carreira diplomática por meio do registro de questões abordadas no exame de 2013 acompanhadas de respostas que mereceram avaliação positiva por parte das respectivas Bancas Examinadoras, mantidos os textos originais dos candidatos, com eventuais incorreções e/ou deficiências. (pp.3, Guia de Estudos do Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata)
Portanto, o candidato tem acesso as melhores redações escritas do ano anterior. Dessa forma, ele poderá exercitar suas redações a partir do tipo de modelo que a Banca Examinadora costuma querer. 



* Esse texto está longe de ser um auxílio/guia na preparação do Cacdista, não sendo mais que impressões próprias e pessoais de como abordar a 2ª fase.


Referências Bibliográficas:
Edital de 14 de Fevereiro de 2014 - Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata. Brasília: CESPE/UNB, 2014. Acesso em 04.06.2015: http://www.cespe.unb.br/concursos/IRBR_14_DIPLOMACIA/arquivos/ED__1_IRBR_DIPLOMATA_2014.PDF
Guia de Estudos do Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata. Brasília: CESPE/UNB, 2014.

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