sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Pensadores da Diplomacia Brasileira - Parte 1

O Mural de Portinari rodeado por Embaixadores da ONU, no centro Cyro Freitas-Valle, o "Dragão da Rua Larga".

 
A Carta das Nações Unidas é o mais belo instrumento de cooperação internacional já concebido pelo homem, documento tão perfeito e equilibrado que os governos do mundo consentiram em tomar a medida inesperada de admitir que cinco dentre eles, em razão de serviços prestados na dominação do nazifascismo e da força e fidelidade que haviam demonstrado, assumissem a responsabilidade primordial pela manutenção da paz e da segurança mundial. Essa medida, Senhor Presidente, não foi tomada com facilidade, mas nós a adotamos porque depositávamos inteira confiança nos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança. [...] Infelizmente, a União Soviética não se mostrou favoravelmente disposta nesse sentido. Em consequência, o medo da guerra, de uma nova guerra total, voltou a ser a constante obsessão de todos nós. E esta espécie de preocupação é sumamente nefasta, porque pode levar os povos a perderem fé nas Nações Unidas. (FREITAS-VALLE, Cyro. Novembro de 1949)


Cyro Freitas-Valle, poucos conhecem, foi o negociador brasileiro quando da criação da ONU, na Conferência de 1944, logo em seguida pleiteou um assento como membro permanente, que embora não tenha acontecido (o país conseguiu ser membro não-permanente, na primeira eleição), ainda sim demonstra a importância e a capacidade deste diplomata. Ademais, ele instituiu a tradição no seio da instituição, do país abrir a Assembleia-Geral onusiana. 

P.S: Hoje é aniversário das Nações Unidas! Nada mais justo que uma homenagem à altura...

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