terça-feira, 19 de maio de 2015

Pela 1ª vez na história, Senado rejeita indicação de Diplomata de Carreira para Embaixada

Senado Federal x Presidência: Crise?

Após a diversidade de opiniões sobre a Venezuela na semana passada, mais uma vez o Senado Federal se colocou em opinião diferente ao Itamaraty. Dessa vez, referente à indicação do Embaixador, Guilherme Patriota, para o cargo de Embaixador na Organização dos Estados Americanos (OEA). O posicionamento do Legislativo é histórico, porque segundo o Senador Lindberg Farias (RJ) pela 1ª vez um diplomata de carreira é rejeitado na plenária do Senado Federal para assunção de Embaixada.
Essa história começou no dia 14 de maio, em sabatina feita pelo Senado Federal ao Embaixador, Guilherme Patriota, na sessão da Comissão de Relações Exteriores e Defesa (CRE). Em sua explanação, ele optou por abordar aspectos históricos e atuais da OEA,  assim como a atuação brasileira no organismo internacional. 



Em seguida, o Senado Ronaldo Caiado (GO) fez uma provocação ao Embaixador, Guilherme Patriota. Lembrou que o mesmo foi ex-assessor do professor Marco Aurélio Cunha, assessor internacional da presidência da República. E relembrou fatos publicados na Revista Veja, sobre negociações da Organização Pan-americana de Saúde, Brasil e Cuba


Finalmente, no dia 19 de maio, o Senado levou a plenária a indicação feita pela Presidência da República (Itamaraty) do Embaixador Guilherme Patriota para o cargo na OEA. Numa votação apertada em que 38 votos foram contra, 37 foram  a favor, o Legislativo apontou pela fatídica declinação do nome do Embaixador. 


A Presidência da República não ficando indiferente ao ato do Legislativo. Respondeu em nota oficial na noite do dia 19 de maio, em que disse:
A Secretaria de Comunicação Social informa que a Presidenta da República, Dilma Rousseff, reconhece no diplomata Guilherme de Aguiar Patriota as qualidades profissionais e o saúda pela extensa folha de serviços prestados ao país. Ela acredita que Patriota saberá superar o momento de adversidade. O embaixador continuará a prestar seus serviços com a competência e a lealdade que o Ministério das Relações Exteriores e a administração pública brasileira merecem.
Apresentado estes fatos, quais são os próximos passos do divórcio entre o Itamaraty (Executivo) e o Senado Federal? Haverá conciliação? Ou nunca houve crise, sendo apenas a premissa do ambiente democrático? Com a palavra, os próximos acontecimentos.

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